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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Convivendo com os mestres.

Por Davi Freitas

É certo e notório que ao longo de nossa caminhada como aprendizes, não é o professor que ensina, e sim nós alunos que aprendemos. Porém, é de suma importância termos um norteador, alguém que traga em sua bagagem a real experiência.
Encontrei grandes mestres no decorrer de minha trajetória, mas, não diferentes dos outros homens que permeiam este gigante mundo em que vivemos. Talvez, a maneira como aqueles lidavam com suas questões é que os faziam especiais. Um aluno me perguntou certa vez o que eu admirava mais em um homem. Respondi... [...]A maneira como se conduz sua sabedoria, continuei... Como disse-me um de meus mestres,[...] ser um guerreiro é fácil, difícil, é ser um bom ser humano.
Posso dizer também que encontrei muitos mestres que possuíam um caráter impulsivo, que viviam voltados apenas para o ego que os conduziam. Esses, pois são os falsos mestres... Aqueles que cultivam e se tornam escravos de suas próprias lendas.
É interessante analisarmos sob o aspecto da filosofia japonesa Zen, em que o verdadeiro mestre é aquele lhe provoca mortes, ou seja, mudanças.
Tenho um importante amigo que é mais do que um mestre. Ele me ensinou como dar os primeiros passos nesse incessante caminho do guerreiro. Ensinou-me, que vivemos em um mundo extremamente egoísta, e que estamos muito aquém de nossas capacidades.
Não devemos de maneira alguma nos entregar para qualquer sentimento que não seja o da vitória, mesmo que para isso nos importe algumas derrotas, dos confrontos internos... Pois dentro de nós habita sentimentos diversos, estes que poderão nos ascender, como poderão nos levar ao declínio. Não Como explicar esta ‘aparente’ contradição? Eu acredito que para vencer- mos, faz se necessário transcendermos as formas, ou tudo que se ponha como obstáculo.